Crianças hiperativas costumam apresentar comportamentos marcados por agitação constante, dificuldade em focar tarefas e impulsividade. Esses sinais podem afetar o aprendizado e as relações sociais, tornando o diagnóstico precoce essencial. Embora algumas dessas características possam parecer comuns em crianças, é importante observar se o comportamento é persistente e ocorre em diferentes contextos, como em casa e na escola.
Entre os sintomas mais comuns estão a inquietação e a dificuldade de manter-se parado. Crianças hiperativas frequentemente mexem as mãos ou pés, movem objetos sem necessidade e mostram dificuldade em seguir normas de convivência em ambientes estruturados, como salas de aula. A impulsividade também se destaca, manifestando-se em respostas precipitadas ou na dificuldade de esperar a vez. “Identificar esses comportamentos é o primeiro passo para oferecer o suporte necessário à criança”, orienta Letícia Dorighello, diretora pedagógica do Colégio Prígule, de São Paulo (SP).
Outros indícios de hiperatividade incluem uma tendência a falar em excesso, dificuldades de concentração e o fácil desvio de atenção. Esses comportamentos podem prejudicar o desempenho escolar e dificultar o relacionamento com colegas e professores. Além disso, é comum que crianças hiperativas tenham problemas relacionados ao sono, como dificuldade para adormecer ou noites agitadas.
Para que pais e educadores identifiquem a hiperatividade, é importante diferenciar a condição de comportamentos isolados de agitação. A hiperatividade geralmente compromete o desempenho diário da criança de forma significativa e persistente. Uma avaliação realizada por especialistas, como psicólogos ou neuropediatras, pode confirmar o diagnóstico e orientar o tratamento.
O acompanhamento multidisciplinar é indispensável para crianças com hiperatividade. Terapias comportamentais ajudam a desenvolver estratégias de autorregulação e a construir uma rotina que favoreça o autocontrole. Em casos mais graves, medicamentos podem ser indicados por especialistas para melhorar a concentração e reduzir a agitação. Letícia Dorighello ressalta: “O apoio da família e da escola é essencial para ajudar a criança a lidar com os desafios da hiperatividade, promovendo seu crescimento emocional e acadêmico”.
Os pais desempenham um papel fundamental nesse processo. Criar uma rotina estruturada, oferecer atividades que promovam concentração, como leitura ou jogos de tabuleiro, e incentivar brincadeiras ao ar livre são ações que podem contribuir para reduzir os impactos da hiperatividade. Além disso, proporcionar um ambiente acolhedor e tranquilo, com momentos de relaxamento e práticas como meditação, também é benéfico. Com compreensão e estratégias adequadas, é possível melhorar significativamente a qualidade de vida das crianças hiperativas e suas famílias.
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